7 de julho de 2010

Estação Carandiru - Drauzio Varella


Com mais de 7200 presos, a Casa de Detenção de São Paulo é o maior presídio do país. Está situada no bairro do Carandiru, a dez minutos da praça da Sé, marco zero da cidade. Construída na década de 20, é um conjunto arquitetônico formado por sete pavilhões, cada um com cinco andares. Neles há corredores que chegam a cem metros de comprimento. Os presos passam o dia soltos e são trancados à noite. Só o pavilhão Cinco abriga 1700 prisioneiros, mais de seis vezes a população carcerária do presídio americano de Alcatraz, desativado nos anos 60. Em 1989, o médico Drauzio Varella iniciou na Detenção um trabalho voluntário de prevenção à AIDS. Seu relato neste livro tem as tonalidades da experiência pessoal: não busca denunciar um sistema prisional antiquado e desumano; expressa uma disposição para tratar com as pessoas caso a caso, mesmo em condições nada propícias à manifestação das individualidades. Na cidadela do Carandiru, Drauzio conheceu pessoas como Mário Cachorro, Roberto Carlos, Sem-Chance, seu Jeremias, Alfinete, Filósofo, Loreta e seu Luís. Não importa a pena a que tenham sido condenados, todos seguem um rígido código penal não escrito, criado pela própria população carcerária. Contrariá-lo pode equivaler à morte. Estação Carandiru fala dessas pessoas, das formas que encontram de viver.

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Eu li e adorei. E COMO adorei. De boa, quando eu via o Drauzio no Fantástico imaginava aquele velhote pomposo, um coroa no estilo Galvão, meio arrogante, sem sal, metido a sabichão e melhor que todos. ME ENGANEI.
Nesse livro maravilhoso, no qual foi inspirado o filme Carandiru, Drauzio Varella mostra claramente como funcionava a casa de Detenção. Os bandidos viviam segundo suas próprias leis e a moeda dentro dos pavilhões é o maço de cigarro. Quem deve e não tem o que dar em troca, morre. Simples. Existem aqueles malandros que são do Crime, ou seja, depois que sair vão continuar matando, roubando e etc e aqueles que decidem mudar, ou até se convertem a religião evangélica e mudam.
Malandros que estrupam não tinham vez lá dentro, eram mortos das piores maneiras possíveis e imaginarias.
Com certeza você vai gostar, várias tretas e vários trutas e agente nunca vai saber onde está a moradia da verdade. O Drauzio escreve de um jeito que ás vezes agente simpatiza com os malandros. Não acredita?

BAIXE ESTAÇÃO CARANDIRU AQUI (:

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